Considerando que o Brasil passa por uma grave crise institucional, com ataques aos valores democráticos, aos direitos individuais e socioambientais do país, colocando em risco o próprio Estado Democrático de Direito.
Considerando que a gravidade é ampliada com a destruição das instituições, das políticas públicas e dos espaços institucionais conquistados e inaugurados pela Carta Magna de 88.
Considerando que esta degradação institucional é liderada pela caquistocracia presente na Presidência da República e também com forte espaço no Congresso Nacional.
Considerando que essas forças políticas de valores antidemocráticos, de flerte com concepções fascistas e conservadores se apresentam de forma paradoxal como anti-sistema no Brasil e em outras partes do planeta.
Considerando que este cenário faz parte da contradição do sistema em vigor no mundo, onde a forma de exploração do homem diante da natureza e sobre seus semelhantes é responsável pela nossa convivência com as mazelas da crise climática, pandemia, guerras, migrações em massa, desigualdade e miséria.
Considerando o exposto, a eleição de 2022 toma uma dimensão da mais alta relevância, não só para o Brasil mas para todas as nações democráticas.
Considerando as orientações, diretrizes e objetivos estratégicos definidos no último Congresso da Rede Sustentabilidade em 2021;
A Rede Sustentabilidade por meio da sua Direção Nacional resolve:
1 – Aprovar a participação da REDE SUSTENTABILIDADE na formação da Federação Política Partidária com o PSOL , de acordo com as diretrizes programáticas e estatuto aprovados no Elo Nacional.
2 – Priorizar nesta Federação a formação de chapas para eleição de Deputadas(os) Federais, visando a superação da Cláusula de Barreira e uma forte presença no Congresso Nacional.
3 – Priorizar a reeleição dos parlamentares estaduais e federais atuais do partido e a eleição majoritária nos estados do Amapá e Espírito Santo.
4 – Proibição de apoio em qualquer nível eleitoral às forças políticas conservadoras, fascistas, de extrema direita, corruptas e patrimonialistas de conteúdo anti-vida e anti-democráticas.
5 – Que em função do não lançamento de candidatura majoritária própria da Rede Sustentabilidade para Presidência da República, direciona suas ações eleitorais para o fortalecimento do campo democrático popular, progressista, socialista e sustentabilista do país.
6 – Liberar os membros da REDE no envolvimento e apoio para eleição presidencial das candidaturas do campo democrático-popular expressas nos nomes de Ciro Gomes do PDT e de Luís Inácio Lula da Silva do PT, em cuja coordenação de campanha ja vinha participando nosso Senador Randolfe Rodrigues.
7 – O apoio às duas opções presidenciais estão baseadas nas diretrizes programáticas expressas no documento elaborado pela Fundação da REDE denominado “Dezoito diretrizes programáticas para a eleição presidencial” que será apresentada diretamente pela Coordenação Geral às respectivas candidaturas.
8 – Eventual diferença entre a decisão da FEDERAÇÃO e a do Partido – em relação às duas opções de apoio autorizadas na eleição presidencial – não será considerada infidelidade partidária por parte de membros da REDE Sustentabilidade.
9 – Delegar à Coordenação Geral, com suporte das Coordenações de Organização e Executiva, as tratativas necessárias com as demais forças políticas democráticas e com a FEDERAÇÃO para viabilizar as melhores formas para o cumprimento desta Resolução.
10 – Fica a Executiva Nacional convocada a qualquer momento, por eventual mudança significativa da conjuntura eleitoral identificadas pela Coordenação Geral, para reposicionamento ou novas tomadas de decisões políticas.
Elo Nacional da Rede Sustentabilidade